O Fim do Mundo no Sertão
O
fim do mundo pro sertanejo é...
Político
safado que aparece de quatro em quatro anos
É
seca braba, que mata a criação e queima a plantação
É
a falta de terra, e o excesso dela na mão de poucos
É
o fim da crença na sua religião
É
a triste partida do retirante.
A crença comercial de que o fim do
mundo está próximo e as profecias de que o ano presente será de grande seca,
preocupa a todos. É nesse contexto que surge Idel e Júba, duas figuras bem características de nossa realidade que buscam assim como muitos, melhores condições. Júba o matutão ingenuo de bom coração que no fundo do seu coração só quer o melhor para sua mulher Idel, uma nordestina arretada que não tem medo de falar o que pensa, mas que se ver impossibilitada perante as "calamidades" (muitas delas fora do aspecto natural) que assolam o nosso sertão. Texto retrata a maneira como o "povo" é ludibriado vez por vez e de como ele se ergue valente e seguindo em frente buscando sempre uma mudança perante essa locomotiva capitalista que visa somente o benefício próprio. Adicionamos a essa historia 6 personagens coringas que de forma singular aparecem representando os antagonistas, "O Político safado que aparece de quatro em quatro anos", "A falta de terra, e o excesso dela na mão de poucos", "É o fim da crença na sua religião".